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domingo, janeiro 15, 2006

"Política do setor é suicida", sugere analista



À primeira vista confuso, o raciocínio de um analista do mercado de carnes parece estar correto. Ele observa, citando dados do próprio setor avícola, que pelo menos dois terços da produção brasileira de carne de frango provêm de empresas que, desenvolvendo atividades integradas, têm como único e exclusivo objetivo a própria carne de frango:

- É o que a Economia batizou de “core-business”. A empresa pode desenvolver uma série de atividades (também chamadas de “atividades-meio”), mas todas elas visando a melhorar os resultados da atividade-fim, a única que realmente importa para a empresa, pois é a que gera movimento financeiro e, principalmente, o lucro que mantém a empresa viva e possibilita sua evolução no decorrer do tempo. Não é por menos que essa atividade-fim é chamada de “coração do negócio”.

- Todos sabemos - e o mundo inteiro reconhece - que um dos segredos da competitividade da avicultura de corte brasileira se encontra, exatamente, na integração de várias “atividades-meio” (criação de matrizes, produção de pintos, produção de rações, fornecimento de assistência técnica, abate, etc.) voltadas para a atividade-fim, o produto “carne de frango”. Isso considerado, a comercialização de algum produto das “atividades-meio” - por exemplo, pintos de corte – não pode ser adotada como política comercial: só se justificaria em situações excepcionais, pois seus efeitos financeiros serão sempre marginais (óbvio, pois uma parte jamais será maior que o conjunto de partes).

- No caso, porém, da venda do pintainho para o mercado aberto, o procedimento é não apenas inócuo, mas também totalmente equivocado. Porque, ao optar por não criar aquela ave e vende-la a terceiros, a empresa está repassando ao mercado o próprio motor” do frango. Que vai se transformar em um novo frango. E nesse procedimento estão concentrados dois grandes equívocos, não apenas um:

1º) Vendendo o pintainho a terceiros, a empresa simplesmente neutraliza seu próprio objetivo (melhorar o mercado do frango mediante a redução da produção). Ou seja: não cria o pintainho, mas deixa que outras empresas o façam. O resultado é igual a “zero”: a produção permanece elevada;

2º) A empresa vendedora do pintainho fomenta um “predador” do mercado de frangos. Porque, geralmente, vende o pintainho a qualquer preço (lembremo-nos: vender pintos não é o seu “core-business”) e possibilita que o frango proveniente daquele “motor” seja comercializado a preços inferiores aos que seriam obtidos pela vendedora do pintainho. É ou não uma concorrência predatória?(fonte: Avisite)

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